Saudades do que houve, se foi e não restou; do que não
chegou a acontecer e até do que ainda está por vir. Saudades de quem eu era,
das mudanças que me ocorreram e do que não permaneceu no meu eu; do que eu
queria ter sido ou quase cheguei a ser. Saudades do passado, do presente, do
futuro. Como se cada dia fosse o fim, mesmo sabendo que também é um novo
começo. Sinto falta até quando não sinto a tal “saudade”, como se eu não me
reconhecesse sem ela existindo dentro de mim. Como se fosse uma característinha
minha, como se sem ela eu não pudesse me sentir sendo eu mesma
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